As deformidades ósseas em crianças podem variar em gravidade e origem, sendo causadas por fatores genéticos, doenças metabólicas ou até mesmo por traumas.
Quando não tratadas adequadamente, essas condições podem afetar o desenvolvimento físico e a qualidade de vida da criança. Felizmente, a medicina ortopédica tem avançado significativamente, oferecendo diversas opções de cirurgia para correção dessas deformidades, permitindo que as crianças tenham uma recuperação plena e um desenvolvimento saudável.
Se você está em busca de informações sobre as opções de cirurgia para correção de deformidades ósseas em crianças, continue acompanhando este artigo.
A hemiepifisiodese é uma técnica cirúrgica utilizada para corrigir deformidades angulares nos membros inferiores de crianças, como o joelho valgo (quando os joelhos se tocam) e o joelho varo (quando os joelhos se afastam).
A abordagem é particularmente eficaz em casos de deformidades causadas por distúrbios do crescimento ósseo, como nas condições de displasia do desenvolvimento do quadril ou após fraturas mal consolidadas. A principal vantagem dessa técnica é sua capacidade de corrigir a deformidade de forma gradual, sem a necessidade de grandes intervenções.
O procedimento envolve o bloqueio parcial da placa de crescimento (físis) em um lado do osso, permitindo que o lado oposto continue a crescer de maneira normal. Essa técnica promove uma correção progressiva da deformidade ao longo do tempo, conforme o osso saudável cresce.
Em termos práticos, a hemiepifisiodese é realizada por meio de uma pequena incisão, onde são colocados dispositivos como parafusos ou placas, que limitam o crescimento ósseo em um lado da articulação, enquanto o lado não afetado continua seu desenvolvimento.
Uma das principais vantagens da hemiepifisiodese é sua abordagem minimamente invasiva, que resulta em menor tempo de recuperação e menos dor no pós-operatório. A técnica também tem a vantagem de ser ajustável, permitindo a correção da deformidade conforme o crescimento da criança.
No entanto, o sucesso do procedimento depende de uma avaliação cuidadosa do ortopedista pediátrico, levando em consideração o estágio de crescimento do paciente e a gravidade da deformidade. O acompanhamento pós-cirúrgico é essencial para garantir que a correção ocorra de maneira adequada e sem complicações.
A osteotomia é uma técnica cirúrgica amplamente utilizada para corrigir deformidades ósseas em crianças e adolescentes, especialmente aquelas que envolvem alterações significativas na estrutura dos ossos, como em casos de deformidades angulares ou fraturas mal consolidadas.
O procedimento consiste em cortar o osso afetado, alinhá-lo novamente e fixá-lo na posição correta para restaurar a funcionalidade e a estética da articulação. A osteotomia pode ser realizada em várias partes do corpo, mas é comumente aplicada nos membros inferiores, como nos joelhos e nas pernas.
Durante a osteotomia, o cirurgião realiza uma incisão no osso afetado e o corta com precisão, podendo reposicionar as partes do osso para corrigir a deformidade. Em seguida, o osso é estabilizado com a ajuda de placas, parafusos ou fixadores externos.
Dependendo da gravidade da deformidade, o procedimento pode envolver a remoção de uma pequena seção do osso ou a reposição das partes de forma a restabelecer o alinhamento adequado.
No caso de crianças em fase de crescimento, a osteotomia pode ser realizada de maneira a não interferir com o desenvolvimento ósseo natural, utilizando técnicas que asseguram a correta cicatrização e crescimento contínuo.
A principal vantagem da osteotomia é sua capacidade de corrigir deformidades ósseas mais complexas e avançadas que não podem ser tratadas apenas com métodos conservadores.
Ela é indicada para crianças com deformidades severas que afetam a funcionalidade da articulação e, em muitos casos, é necessária para evitar problemas a longo prazo, como dor crônica ou dificuldades para caminhar.
Embora seja uma técnica eficaz, a osteotomia exige uma recuperação mais demorada, com a criança precisando seguir um rigoroso protocolo de reabilitação para garantir que o osso cicatrize corretamente e que a mobilidade seja restaurada de forma segura.
O acompanhamento pós-cirúrgico também é crucial para monitorar o sucesso da correção e prevenir complicações.
Os fixadores externos são dispositivos ortopédicos utilizados para corrigir deformidades ósseas complexas e para realizar o alongamento ósseo em crianças com condições que afetam o crescimento normal dos ossos.
Esses dispositivos são especialmente úteis em situações em que outras técnicas cirúrgicas não são suficientes ou adequadas, como em deformidades severas ou quando há necessidade de realinhar os ossos de forma gradual.
O uso de fixadores externos também é comum no tratamento de fraturas complexas, onde o osso precisa ser estabilizado durante o processo de cicatrização.
A técnica de fixação externa envolve a aplicação de um conjunto de pinos ou parafusos que são inseridos diretamente nos ossos da criança, por meio de pequenas incisões.
Esses pinos estão conectados a uma estrutura externa que pode ser ajustada para realinhar os ossos ao longo do tempo. O fixador externo permite um controle preciso da posição dos ossos, podendo ser ajustado regularmente para promover a correção gradual da deformidade, como em casos de pernas tortas ou joelhos mal alinhados.
Em alguns casos, também é utilizado para alongamento ósseo, permitindo que o osso cresça lentamente após uma fratura ou deformidade.
A principal vantagem dos fixadores externos é sua capacidade de tratar deformidades complexas e realizar correções precisas sem a necessidade de grandes incisões ou intervenções invasivas. Além disso, essa abordagem permite o controle contínuo do alinhamento ósseo durante o processo de recuperação.
O paciente, especialmente em crianças, precisa seguir as orientações de cuidados adequados com os dispositivos para garantir que a correção ocorra de forma eficaz e segura.
Em termos de resultados, os fixadores externos têm mostrado ser muito eficazes para a correção de deformidades ósseas complexas, proporcionando uma recuperação mais funcional e bem-sucedida.
No entanto, como qualquer procedimento cirúrgico, é importante que o tratamento seja planejado por um especialista, considerando a idade da criança, a gravidade da deformidade e a necessidade de ajustes pós-operatórios.
A cirurgia para correção de deformidades ósseas em crianças é um campo da ortopedia pediátrica que tem avançado consideravelmente, oferecendo soluções eficazes para uma variedade de condições que afetam o crescimento e o desenvolvimento dos ossos.
Técnicas como hemiepifisiodese, osteotomia e fixadores externos têm se mostrado essenciais no tratamento de deformidades angulares, fraturas mal consolidadas e outras disfunções ósseas, ajudando a restaurar a funcionalidade e prevenir complicações futuras.
Se você está considerando uma cirurgia para correção de deformidades ósseas em seu filho, é essencial consultar um ortopedista pediátrico experiente para discutir as melhores opções de tratamento.
Com o avanço das técnicas cirúrgicas e o acompanhamento médico adequado, as crianças podem ter a oportunidade de se recuperar completamente, garantindo um futuro saudável e funcional.