Você sofreu uma lesão e tem notado que seu dedo não consegue ficar esticado como antes? Pois saiba que isso pode ser devido a uma condição chamada dedo em martelo.
Nosso corpo é composto por diversas articulações e a que está presente na ponta dos dedos funciona como uma dobradiça, com a única função de dobrar e esticar.
Esse movimento ocorre através de um movimento de equilíbrio entre o tendão extensor e o flexor.
Quando sofremos um trauma nessa região, podemos desenvolver essa condição em que não conseguimos mais esticar o dedo normalmente.
Se você quer conhecer um pouco mais sobre o dedo em martelo, acompanhe nosso artigo e tire todas as suas dúvidas sobre essa condição. Confira!
Essa deformidade ocorre na ponta do dedo, sendo causada por uma lesão no mecanismo extensor.
Nessa condição a pessoa fica impossibilitada de esticar o dedo, fazendo com que ele fique flexionado constantemente.
O dedo em martelo é uma condição que acomete principalmente praticantes amadores ou profissionais de esportes que envolvam bolas, como o vôlei, por exemplo.
Pessoas que sofrem com doenças reumatológicas ou possuem cistos sinoviais nas articulações também estão propensas a desenvolver essa condição.
O dedo em martelo pode atingir os dedos das mãos e dos pés igualmente. Entretanto, é mais comum nos dedos longos, anelar e mínimo.
Essa lesão pode acontecer de duas formas diferentes. Com isso, existem dois tipos de dedo em martelo.
O primeiro é o puramente tendíneo. Esses casos são mais comuns e a ruptura do tendão acontece na junção do osso da falange distal.
Já a segunda situação é chamada de dedo em martelo ósseo, onde ao invés de ocorrer a ruptura do tendão, é arrancado um pequeno fragmento no aspecto dorsal da falange distal.
O principal, e mais perceptível, sintoma dessa condição é a ponta do dedo caída. O paciente não consegue mantê-lo esticado normalmente sem a ajuda da outra mão.
Além disso, a pessoa também pode apresentar sintomas como dor, edema e hematoma no dedo afetado.
Os pacientes costumam se queixar desses sintomas logo após sofrer a lesão. Esses sinais vão evoluindo à medida que a condição se agrava.
O diagnóstico é feito em um primeiro momento durante a consulta com o ortopedista onde ele irá analisar a aparência do dedo e as queixas do paciente.
Por ser uma condição que seu principal sintoma é aparente, o diagnóstico acontece de maneira mais fácil.
Entretanto, o médico poderá solicitar exames de imagem como radiografia para identificar o tipo e a gravidade da lesão, para assim indicar o melhor tratamento.
É fundamental que durante o exame o dedo esteja livre, sem nenhum tipo de apoio para que se possa analisar corretamente se houve ou não ruptura do tendão.
Quanto ao tratamento, ele é recomendado de acordo com a gravidade da lesão e das características do paciente.
O primeiro método utilizado é o tratamento conservador. Nesse caso, quando não há fratura, o médico indica o uso de gelo e medicamentos analgésicos.
Também é indicado o uso de uma tala de alumínio chamada Zimmer, por um período de 6 a 8 semanas para que haja a cicatrização completa.
É importante frisar que essa tala não pode ser retirada a qualquer momento e deve ser trocada apenas pelo médico.
Quando o dedo estiver totalmente cicatrizado, o ortopedista fará a indicação de sessões de fisioterapia para que o paciente recupere o movimento da ponta do dedo.
Em situações onde houve fratura, o tratamento mais indicado é o cirúrgico. Para devolver o movimento ao paciente, são utilizados fios metálicos ou uma mini placa em ganchos com parafusos.
Quatorze dias após a cirurgia, os pontos são retirados e o paciente deve retornar ao consultório a cada 10 dias para troca do curativo.
O dedo em martelo é uma condição grave que se não tratada corretamente pode evoluir para artrose e dor crônica.
Se você sofreu uma lesão e tem apresentado os sintomas citados, procure um ortopedista e siga suas orientações corretamente. Cuide-se!