O exercício é uma ótima maneira de ficar em forma e melhorar seu humor, mas às vezes a prática em excesso e movimentos repetitivos podem causar pequenas rachaduras no osso, conhecidas como fraturas por insuficiência ou fraturas por estresse.
Uma fratura por insuficiência é um tipo específico de fratura por estresse que ocorre abaixo da superfície do osso, nas articulações que suportam peso, e pode causar severos quadros de dor nos pacientes.
Pode acontecer em qualquer idade, mas a maioria dos pacientes mais jovens se recuperam por conta própria com repouso.
Já para os idosos e aqueles com condições como osteoartrite e osteoporose correm maior risco de uma fratura por insuficiência se tornar crônica, o que significa que ela não cicatrizou após cerca de três meses.
Fratura de insuficiência é uma fratura de stress no osso fragilizado, normalmente pela osteoporose. Dessa forma, quando você tem uma osteoporose a tendência é o organismo diminuir a quantidade de cálcio nas trabéculas ósseas no osso cortical.
Essa condição se caracteriza por "rachaduras" dentro do osso, o que é causado por um ponto de sobrecarga no joelho.
Além disso, também diminui de maneira geral a quantidade de cálcio tornando as trabéculas ósseas afiladas, ficando mais finas e consequentemente elas resistem menos às forças de pressão de tração e rotação tornando maiores as chances de possíveis fraturas.
Elas geralmente ocorrem quando há algum grau de desgaste no joelho, como danos ao menisco, cartilagem ou osteoartrite.
Os sintomas irão variar de acordo com a localização onde ocorreu a fratura e o tamanho da mesma.
O principal sintoma é a dor intensa, que começa repentinamente, geralmente à noite. A dor pode ser melhor analisada durante o exame físico em que o médico bate suavemente no osso. Eles geralmente ocorrem sem qualquer gatilho, mas podem acontecer após esforço excessivo ou trauma menor.
Como as fraturas por insuficiência podem resultar em complicações sérias, é importante consultar seu médico se você estiver com dor na estrutura óssea, mesmo que não se lembre de se machucar.
O melhor teste para detectar uma falha de fratura é uma ressonância magnética, onde pode haver uma reação de inchaço no osso (edema ósseo), mesmo sem um traço de fratura visível.
O primeiro tratamento é a retirada parcial ou total da carga no membro afetado, utilizando muletas, bengala ou andador, para que o paciente não sinta dor ao caminhar. A evolução é variável, mas a maioria dos pacientes apresentam melhora da dor, em um período entre 6 semanas a 3 meses.
Se não houver melhora da lesão, pode haver progressão para uma condição mais séria, chamada osteonecrose primária do joelho.
Nos casos em que não há melhora no tratamento inicial, mas ainda não há afundamento, tem sido utilizado um tratamento cirúrgico minimamente invasivo, denominado sub condroplastia, que inclui a injeção de enxerto ósseo na área afetada, através de pequenas incisões e cânulas.
É um procedimento seguro, com baixa incidência de complicações e permite uma rápida recuperação. A maioria, mas não todos os pacientes, têm uma resposta satisfatória à dor.
A fisioterapia pode desempenhar um papel vital na trajetória de cuidado de pessoas após fratura por fragilidade e inclui intervenções de mobilização precoce e prescrição de programas de exercícios estruturados para maximizar a recuperação funcional e reduzir o risco de quedas e novas fraturas.
Se não houver melhora no tratamento não cirúrgico e já houver afundamento articular ou alterações por artrose grave, uma prótese parcial ou completa do joelho pode ser indicada, dependendo do padrão de desgaste apresentado.
Caso esteja apresentando algum sintoma descrito acima, marque uma consulta e converse com um ortopedista e siga as orientações médicas corretamente.