A fibromatose palmar, ou doença de Dupuytren, é uma condição benigna que acomete a fáscia palmar e digital, tecido que fica abaixo da pele da mão.
Ainda é uma condição pouco conhecida, isso faz com que seu diagnóstico e tratamento sejam afetados. Porém, hoje vamos tirar todas as suas dúvidas acerca dessa doença.
Como citado anteriormente, a fibromatose palmar é uma doença onde o colágeno presente nas mãos sofre uma alteração, se torna mais espesso e se contrai como uma corda, ocasionando a flexão dos dedos em direção à palma da mão.
Entre nossa pele e as demais estruturas presentes na mão, como tendões, músculos e parte óssea, existe uma capa recobrindo toda a parte palmar.
A fibromatose é a degeneração das fibras elásticas dessa região, favorecendo a formação de nódulos e contraturas.
O desenvolvimento dessa doença acontece de forma lenta e gradativa ao decorrer de muitos meses, podendo até mesmo levar anos. Entretanto, existem casos isolados em que ela se desenvolve subitamente.
Essa condição pode afetar todos os dedos, sendo o anelar e o mínimo os mais afetados, podendo ocorrer uma ou ambas as mãos ao mesmo tempo, impossibilitando que o indivíduo realize atividades simples da sua rotina.
A fibromatose palmar é uma doença que tem sua causa desconhecida, porém os fatores genéticos influenciam diretamente no surgimento dessa condição.
Existem alguns medicamentos de uso contínuo que podem ter a fibromatose palmar como um dos seus efeitos colaterais.
Indivíduos com histórico de diabetes, epilepsia, abuso de álcool, tabagismo estão mais propensos a desenvolver essa doença.
A fibromatose palmar acomete principalmente homens de origem caucasiana acima dos 40 anos de idade.
O sintoma inicial dessa condição é um nódulo doloroso na palma da mão logo abaixo dos dedos que pode ou não se proliferar.
O diagnóstico da fibromatose palmar se dá através da análise do histórico clínico do paciente e da realização de um exame físico, onde o ortopedista irá avaliar as saliências presentes e como elas estão afetando a rotina do paciente.
Durante a consulta, é essencial informar ao médico se outras pessoas na sua família sofrem com essa condição.
Além do exame físico, o médico poderá solicitar exames de imagem como a ultrassonografia e ressonância magnética para que se possa analisar de forma mais eficiente a extensão da lesão.
Com os resultados em mãos, o médico irá definir um período de observação para definir se a doença irá estancar ou se existe possibilidade de proliferar, para assim definir o melhor tipo de tratamento.
Quanto ao tratamento, existem dois grupos de pacientes: aqueles que possuem a doença estacionária e aqueles com a doença proliferativa.
Para pacientes com a doença estacionária, é indicada a realização de sessões de fisioterapia como forma de evitar a progressão, bem como o surgimento de outros nódulos.
É possível recorrer a tratamentos como eletroterapia, frequências de ultrassom e termoterapia. Pode-se recorrer à massagem (feita por profissionais) como forma de organizar as fibras musculares.
Já para pacientes que sofrem de fibromatose palmar na sua forma proliferativa, é indicado o tratamento cirúrgico.
Dependendo da extensão da lesão, a cirurgia tende a ser um pouco agressiva. Porém, na maioria dos casos não é um procedimento muito severo.
Mesmo a palma da mão sendo um tecido mais grosso, a cicatrização no pós-cirúrgico ocorre entre um período de 15 a 20 dias.
O procedimento consiste na retirada do tecido doente, que posteriormente será enviado para análise laboratorial.
O pós-operatório depende da intensidade e extensão da cirurgia. Em alguns casos, é necessário o uso de gesso ou um tipo similar de imobilização com os curativos para estabilização do processo.
Se observar nódulos doloridos na palma da mão, procure um ortopedista e siga as orientações corretamente. Cuide-se!