O que é e como diagnosticar a síndrome miofascial dolorosa

Grande parte da população sente dor muscular constantemente. Seja por esforço físico ou o famoso "mal jeito", esse tipo de incômodo é a causa mais comum que leva as pessoas a procurarem um ortopedista.

Essa dor pode ser dividida em aguda ou crônica, quando tem duração superior a um período de 3 a 6 meses.

Além disso, esse desconforto pode se localizar em uma região específica do corpo ou acontecer de forma disseminada, caracterizada pela presença de diversos pontos de dor.

A síndrome de dor miofascial é uma condição crônica que afeta os pacientes, causando dor e desconforto por todo sistema musculoesquelético.

Quer conhecer um pouco mais sobre essa condição? Acompanhe nosso artigo e tire todas as suas dúvidas sobre a síndrome miofascial dolorosa.

 

Quais as características da síndrome miofascial?

É utilizado o termo miofascial para descrever uma dor e desconforto muscular em uma determinada região do corpo.

A principal característica dessa síndrome é a dor profunda, presença de pontos gatilhos e pode estar associada a fenômenos sensoriais, autônomos e motores.

Por ser uma dor localizada, muitas vezes as pessoas que sofrem com essa condição podem sentir dores em regiões específicas como, por exemplo, apenas no ombro ou pescoço.

Também podem ocorrer situações em que o paciente sente dores em regiões não relacionadas aos pontos de gatilhos.

O principal sintoma da síndrome miofascial é a dor localizada em determinados pontos. Entretanto existem outros sintomas menos comuns, como:

  • Dificuldade para dormir;
  • Rigidez muscular;
  • Dores de cabeça;
  • Fadiga;
  • Anormalidades posturais, como curvatura, arredondamento dos ombros ou postura da cabeça para a frente (não alinhada com a coluna vertebral).

Essa condição geralmente afeta indivíduos do sexo feminino, de meia idade e com hábitos sedentários. Entretanto, pode acometer qualquer pessoa, em qualquer idade.

Também possui grande incidência entre homens com idade mais avançada.

 

Diagnóstico e Tratamento

A síndrome miofascial dolorosa não pode ser diagnosticada através de exames de imagem. Seu diagnóstico se dá através de uma avaliação completa do paciente.

Essa avaliação é feita através de:

  • Exames de imagem e diagnóstico para descartar outras condições que podem estar causando a dor;
  • Um exame físico no qual o médico aplica uma leve pressão para sentir regiões musculares tensas que desencadeiam a dor ou contrações musculares;
  • Um exame visual para procurar anormalidades posturais;
  • Perguntas sobre quando, como e com que frequência você sente a dor e se há fatores que parecem torná-la melhor ou pior. O médico também perguntará sobre atividades repetitivas ou lesões recentes que podem ser fatores desencadeantes.

É importante ressaltar que a síndrome miofascial não deve ser confundida com a fibromialgia, mesmo que ambas as condições tenham sintomas semelhantes.

A fibromialgia é uma condição que causa dor e sensibilidade em todo o corpo e não apenas em pontos específicos.

Porém, uma pessoa pode sofrer com fibromialgia e síndrome miofascial dolorosa. Por isso, é fundamental procurar um médico logo ao sentir os primeiros sintomas.

Dessa forma, é possível identificar qual condição está afetando o paciente e iniciar o tratamento corretamente com as orientações indicadas para cada caso.

Quanto ao tratamento, podem ser utilizados diferentes métodos para trazer alívio da dor e desconforto para o paciente.

As principais opções são:

  • Laser frio, também conhecido como terapia com luz de baixo nível, na qual o ponto de disparo é exposto à luz infravermelha;
  • Agulhamento seco, no qual o médico insere uma agulha fina no ponto de gatilho e ao redor dele;
  • Injeções no ponto de gatilho com um medicamento anestésico ou esteroide;
  • Estimulação elétrica, que envolve a colocação de um eletrodo no músculo afetado por um ponto de gatilho para causar contrações rápidas;
  • Massagem;
  • Alongamento;
  • Estimulação elétrica nervosa transcutânea, que envolve o envio de sinais elétricos de baixa tensão de um pequeno dispositivo para a área dolorosa através de almofadas presas à pele;
  • Ultrassom, que utiliza ondas sonoras para penetrar nos tecidos moles;
  • Alterações na dieta para reduzir a inflamação e evitar alimentos que parecem desencadear dor;
  • Aplicação de calor;
  • Modificação de comportamento (prática de exercício, melhora da postura, configuração da estação de trabalho, ioga, meditação, hábitos de sono, etc.);
  • Fisioterapia, incluindo etapas para realinhar a postura, conforme necessário;
  • Acupuntura.

Ao sentir os primeiros sintomas, procure um médico e siga as orientações corretamente. Cuide-se!

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