Você já ouviu falar em luxação acromioclavicular? Essa lesão ocorre em uma articulação que leva o mesmo nome, localizado na parte superior do ombro e na parte lateral da clavícula.
Essa é uma articulação muito importante para nossa mobilidade, uma vez que ela é a única ligação entre o tronco e o ombro.
Ela também é formada por dois conjuntos de ligamentos: um entre o acrômio e a clavícula e outro entre a clavícula e uma região chamada processo coracóide, que é uma estrutura óssea da escápula.
Quer conhecer um pouco mais sobre essa lesão e como tratá-la? Continue conosco e tire suas dúvidas sobre a luxação acromioclavicular.
Para entender como surge essa lesão, em primeiro lugar é preciso explicar o que é uma luxação.
Uma luxação é o deslocamento repentino, completo ou parcial, dos ossos que formam a articulação.
A luxação acromioclavicular é caracterizada pela perda de ligação entre a clavícula e o acrômio. A principal causa dessa lesão é a queda com trauma na região posterior do ombro.
É uma lesão muito comum entre quem pratica esportes como futebol, skate, ciclismo, patins, jiu-jitsu, entre outros.
Durante a realização dessas atividades, ao realizar os movimentos característicos, o paciente pode cair sobre o ombro e lesioná-lo.
O principal sintoma dessa luxação é a dor intensa. Entretanto, é importante que os pacientes tenham atenção a outros sinais que o corpo irá dar ao sofrer essa lesão.
Como dissemos, o primeiro e principal sintoma é a dor. Além de ser intensa, ela irradia para o braço atentando também o pescoço, o que dificulta a mobilidade das duas regiões.
É possível notar que um ombro estará diferente do outro, podendo ficar mais alto ou mais baixo. Essa pequena alteração normalmente só é percebida quando o paciente para em frente ao espelho e olha com atenção para a região.
O paciente pode apresentar dificuldade ou incapacidade de realizar movimentos simples com o braço afetado, como levantar o braço ou, até mesmo, ao tentar retirar a blusa.
Inchaço também é um sintoma bastante comum em casos de luxação acromioclavicular. Pode ser observada uma proeminência na região lateral do ombro.
Outro sintoma bastante recorrente é a perda de força no braço afetado pela lesão.
Ao sofrer a lesão, é fundamental que o paciente procure ajuda médica o mais rápido possível para que seja feito um diagnóstico efetivo.
Em um primeiro momento, esse diagnóstico acontece durante a consulta, onde o ortopedista irá avaliar a condição do ombro do paciente, bem como analisar suas queixas e o histórico clínico.
Exame de imagem como a radiografia é necessário para que o médico possa avaliar o tipo de luxação sofrida.
Para realização desse exame e um diagnóstico mais preciso, o paciente deve ficar em uma posição especial, chamada zanca, pois através dela é possível comparar os dois ombros.
Porém, mesmo sendo um exame bastante eficiente para identificação da luxação, apenas o raio-x pode não ser suficiente. Em alguns casos, o ortopedista também pode solicitar uma tomografia computadorizada ou ressonância magnética.
Quanto ao tratamento, existem diversas opções para os diferentes tipos de luxação.
Para os casos não cirúrgicos (1 e 2), é recomendado aplicação de gelo para diminuir o edema, imobilização do ombro e analgésico.
Em pacientes com o tipo 3, inicialmente não é recomendada a cirurgia. Entretanto, se a condição progredir, pode ser necessária intervenção cirúrgica.
Já nas luxações do tipo 4,5 e 6 é indicado somente o tratamento cirúrgico.
É importante frisar que tanto nos tratamentos conservadores, como em casos cirúrgicos, é fundamental que o paciente realize sessões de fisioterapia para recuperar a amplitude do movimento e o fortalecimento muscular.
Se você sofreu uma lesão e está apresentando algum dos sintomas citados, procure um médico o mais rápido possível e siga suas recomendações corretamente.