Você já ouviu falar sobre a polidactilia? Essa é uma condição muito comum, tendo pessoas ao redor do mundo todo com essa anomalia.
Uma pessoa com polidactilia possui seis dedos nas mãos ou nos pés. Entre as alterações que podem estar presentes desde o nascimento, essa é a condição com maior incidência.
Ela não possui uma causa específica, mas em grande parte dos casos está associada a uma modificação genética aleatória ou ao histórico familiar. Quer conhecer um pouco mais sobre a polidactilia? Acompanhe nosso artigo e tire suas dúvidas sobre essa condição.
A polidactilia, também chamada de dedo extranumerário, é uma má formação congênita, que tem como principal característica a presença de um ou mais dedos nas mãos ou nos pés.
Em grande parte dos casos, os dedos extras são pequenos e não se desenvolvem corretamente, e com isso, podem não ser funcionais, sem parte óssea, contendo apenas a pele.
Entretanto, existem pessoas em que os dedos extras são totalmente formados, com ossos e articulações. As pessoas que sofrem com essa condição geralmente apresentam um dedo mínimo ou polegar extra.
Como a pessoa já possui essa condição desde o nascimento, é possível identificar a polidactilia durante a gestação.
Como a polidactilia pode ocorrer tanto nas mãos como nos pés dos pacientes, existem diferentes tipos dessa anomalia genética.
A polidactilia pode ser denominada como pré-axial (do polegar), pós-axial (do dedo mínimo) e central (dos dedos centrais).
Um dos tipos mais comuns é a polidactilia pré-axial, sendo uma condição genética isolada, não está associada a outras síndromes e doenças.
Na polidactilia central (o tipo menos comum), o dedo extra se localiza no meio da mão, entre os dedos anelar, médio e indicador, podendo estar relacionada a outras doenças.
Já a polidactilia pós axial ou ulnar, o dedo extra está localizado após o dedo mínimo. Nesse caso pode ocorrer uma duplicação completa do dedo ou pode ser apenas pediculada, através de pele e estruturas nervosas.
É importante frisar que a polidactilia não causa dor ou incômodo, assim como também não oferece riscos à saúde do paciente.
A hereditariedade é uma das principais causas da polidactilia, onde o pai ou a mãe possui o gene dominante.
Entretanto, algumas condições como a síndrome de Greig e a síndrome de Bardet-Biedl também podem ser a causa da ocorrência da polidactilia.
Como a polidactilia é uma condição presente desde o nascimento, o seu diagnóstico é feito através de exames de imagem como a ultrassom durante o pré-natal.
A obstetra consegue identificar a incidência dessa condição por meio do ultrassom morfológico no primeiro trimestre da gestação ou através do ultrassom transvaginal, que pode ser realizado a partir da nona semana.
Confirmado o diagnóstico, são necessários exames de ultrassom mais completos para avaliar o coração, sistema nervoso e dos membros, além da translucência nucal.
Com isso, é possível identificar doenças genéticas, como anemia de Fanconi, trissomia 13, trissomia 21, ou síndrome de Meckel-Gruber, por exemplo.
Quanto ao tratamento, ele deve ser indicado por um ortopedista que irá avaliar a estrutura óssea do paciente e identificar se o dedo extra não está conectado a outros por tendões e ligamentos que auxiliam no movimento.
Em situações onde o dedo extra está localizado após o dedo mínimo, a cirurgia para retirada é indicada e pode ser realizada em crianças até os 2 anos.
Já quando está localizado junto ao polegar a cirurgia também pode ser realizada, entretanto é um processo mais delicado, pois deve ser feita de modo que não prejudique a sensibilidade e mobilidade do dedo.
A polidactilia é uma condição comum que não causa risco à saúde do paciente. Entretanto, é importante investigar a causa e analisar se ela não está associada a outra síndrome.
Se você possui essa condição, procure um médico, faça uma investigação do seu histórico familiar e siga as orientações do profissional de saúde corretamente. Cuide-se!