Nos últimos anos, o número de pessoas que começaram a praticar corrida aumentou consideravelmente.
O fato de ser uma atividade física relativamente fácil e mais acessível a toda população, é algo que faz com quem deseja começar a se exercitar, escolha a corrida como forma de se manter ativo. Afinal, é só calçar um par de tênis e começar a correr, certo?
Entretanto, a prática dessa atividade sem o devido acompanhamento e preparo físico, pode resultar em graves lesões.
Entre elas, a mais comum é a Síndrome do Trato Iliotibial, conhecida também como “joelho de corredor”.
Quer conhecer um pouco mais sobre essa lesão? Acompanhe nosso artigo e tire todas as suas dúvidas!
O trato ou banda iliotibial é um tecido fibroso e rígido, localizado na lateral da coxa que vai do osso da pelve (ílio) até a tíbia, abaixo do joelho.
As principais funções do trato iliotibial são estabilizar o joelho durante a corrida, auxiliar no equilíbrio corporal envolvendo o quadril e equilibrar os movimentos entre joelho e quadril durante a prática de atividades físicas.
A síndrome do trato iliotibial ocorre quando há a inflamação nessa região, resultado do esforço excessivo bem como da fricção constante da banda iliotibial com o epicôndilo femoral lateral.
Existem diversas causas responsáveis pelo surgimento dessa lesão, entre elas estão:
Contar com o acompanhamento de um profissional e realizar o fortalecimento muscular são essenciais para prevenir a síndrome do trato iliotibial.
O principal sintoma da síndrome do trato iliotibial é a dor na face lateral do joelho que tende a piorar durante a prática de atividades físicas.
É comum alguns pacientes se queixarem de dor no quadril, uma vez que o trato iliotibial estende-se do quadril até o joelho.
Para quem pratica corridas, é comum a dor surgir após correr por alguns quilômetros, aumentando gradativamente sendo necessário muitas vezes interromper a atividade.
A dor pode ocorrer em situações simples, como sentar e cruzar as pernas. A região também pode apresentar inchaço.
O diagnóstico é feito em um primeiro momento durante a consulta com o ortopedista, onde ele irá avaliar os sintomas, bem como o histórico clínico do paciente.
Pode ser realizado também o teste para que o médico possa verificar se houve o encurtamento dos músculos iliotibiais.
Nesse teste o paciente deita de lado com o joelho acometido na parte superior. O quadril é conduzido para um ângulo de 45 graus e a perna é levemente puxada para trás.
Caso o paciente sinta dor e não consiga realizar o movimento, ele possui uma lesão no trato iliotibial.
Exames de imagem como raio-X e ressonância magnética podem ser solicitados para que o médico analise as lesões ocorridas em tecidos moles, cartilagens e ossos.
O tratamento da síndrome iliotibial é dividido em dois momentos. O primeiro passo é retirar o paciente do quadro de dor aguda.
Nessa etapa são utilizados analgésicos, anti-inflamatórios, aplicação de compressas frias e suspensão das atividades físicas para que o organismo possa se recuperar adequadamente.
Em casos mais intensos onde não foi possível controlar a inflamação com o uso de medicamentos, é recomendada a infiltração no local.
Após o controle da dor aguda, é hora de iniciar um programa de fortalecimento específico que varia de acordo com cada indivíduo.
Cuide da sua saúde e pratique atividades físicas apenas com acompanhamento especializado. Caso esteja apresentando algum dos sintomas citados, interrompa os exercícios e procure um ortopedista.